O que é um blog? a blogosfera é o futuro da comunicação?
Explicando para aqueles que acreditam que para um bom entendedor meia palavra basta. Blog é uma forma de expressão com liberdade, sem restrição e censuras. Sem ninguém para corrigir ou editar seu texto. É um diário aberto onde suas idéias e anotações, lembretes e fotos tornam-se públicas e permite que outros comentem pois é um livro virtual e aberto. Hoje o blog é uma febre, um vírus que vicia e contamina ou um incubador de vírus. Embora ainda caminhando à passos lentos, é uma ferramenta utilizada por profissionais de comunicação como meio de informação institucional e para divulgar produtos e ou serviços devido ao fato de permitir uma maior interação com o consumidor. Num conceito puramente teórico, blog compõe a chamada mídia social responsável pela disseminação de conteúdos na rede considerada de mão dupla, onde o leitor participa do processo comunicacioanal de forma ativa. Deixa de ser mero receptor passivo de informação. Outra característica das redes sociais é o uso de linguagem dotada de informalidade e criatividade, mesmo assim há muitos blogs com excelente conteúdo de informação afinal tem muita vida inteligente na rede.
domingo, 9 de novembro de 2008
sábado, 1 de novembro de 2008
Fato é fato. Aconteceu, vira noticia?
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
Quem venceu em São Paulo foi o marketing do "demo" 25
É de tirar o chapéu à equipe que coordenou o marketing eleitoral do Prefeito Kassab. A virada política e eleitoral serve como material “case” de referência para ser utilizado por qualquer docente que ministra aulas de marketing político e profissionais do setor.
Após ter sua imagem vinculada com o episódio que o rotulou como homem de temperamento explosivo, destemperado e intolerante. Ter uma relação de amor a ódio com os munícipes devido a ação cidade limpa. Ser o principal pivô da ruptura entre Serra e Alckim. Iniciar sua campanha eleitoral em terceiro lugar nas intenções do eleitorado. Kassab vence folgadamente em São Paulo e já no primeiro turno retira Alckim do páreo.
O time de vencedores, os coordenados por Luiz Gonzalez e Woile Guimarães souberam muito bem explorar a vantagem obtida na televisão. Mostraram uma campanha dinâmica recheada de jingles e mensagens pontuais balizada em transmitir uma imagem de homem corajoso e de caráter. O episódio do homem destemperado ficou no passado e deu lugar a um “Kassabinho ou Kassabão” simpático, brincalhão, sorridente, humano e amigável.
Ao que tudo indica Kassab foi um “cliente” disciplinado e obediente e que deixou os profissionais do marketing trabalharem e o resultado está aí. Receitas vitoriosas que realmente convenceu o eleitorado.
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Teoria da Comunicação. A comunicação é a existência da humanidade!
Imagina-se que os tijolos só conseguem sustentar a parede se houver a massa de cimento ou barro unindo-os firmemente. Se compararmos o mundo a uma imensa casa e as pessoas sendo os tijolos, então a massa que une esses tijolos é a comunicação.
De fato, o mundo que hoje se conhece é cheio de problemas, mas também repleto de realizações para a vida, e se desenvolveu graças à comunicação, que ligou a humanidade. Nada adiantaria ao homem possuir a capacidade de raciocínio se não houvesse criado formas de transmitir, comunicar suas descobertas, seus conhecimentos e suas idéias ou conceitos.
Então é pertinente pensar que o ato de comunicar tem uma estreita ligação com a vida e negá-la é negar a existência e não há uma atividade do homem que não dependa de alguma forma de comunicação. Grosso modo a comunicação nada mais é que a troca de idéias e sentidos ainda que seja nos moldes do primitivismo é possível extrair alguns dos principais conceitos de comunicação.
Comunicação para o Terceiro Setor a eficiência das ações com a multiplicação dos conhecimentos
Qualquer sistema social, como o projeto de organizações do terceiro setor, são sistemas abertos, que não podem prescindir da comunicação para sua sobrevivência e evolução. É a comunicação que promove a alimentação dos sistemas e permite ao ambiente interno o processamento de dados, informações e outras matérias-primas necessárias à consecução dos objetivos institucionais no mundo exterior.
Porém, para gerar resultados com eficácia garantida, é indispensável que a instituição tenha, no cotidiano da sua administração, clareza dos processos desenvolvidos e sistematização das atividades, de modo a controlar suas diferentes etapas e proceder às atualizações e/ou ajustes necessários.
Trata-se de duas questões que, embora distintas, possuem entre si uma relação umbilical: uma administrativa, outra de comunicação.
A grande maioria das entidades do terceiro setor apresenta lacuna importante na dimensão administrativa, como a ausência de arquivos para abrigar as memórias remotas e recentes das atividades da instituição, muito importantes para o planejamento, a implementação e a consolidação de uma ação comunicativa estratégica. O que faz a instituição? Qual seu alcance? Qual pesquisa realizou e com que resultado? Qual o perfil da clientela atual? Quais nichos pretende atingir em curto prazo? Existe uma listagem atualizada dos públicos com que a instituição se relaciona?
Para quase todas as questões acima, a resposta vem do conhecimento tácito de algum dos envolvidos com o projeto. Esse conhecimento ainda não está explícito, disponível aos demais participantes do trabalho. Assim, se por qualquer razão os detentores dessas informações deixarem a instituição (por divergências, doença ou morte) aquele conhecimento não mais estará disponível, podendo dificultar, emperrar e, no pior cenário, inviabilizar a manutenção das atividades. Por isso oriento para que todo conhecimento seja registrado, documentado e se possível ensinado para que se perpetue.
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
terça-feira, 16 de setembro de 2008
Endomarketing. A força extraída do público interno
As instituições precisam enxergar o funcionário como seu principal bem patrimonial, seu primeiro cliente e multiplicador, seu potencial fornecedor e parceiro. Sem isso qualquer negócio corre o risco de fracassar. Por outro lado o funcionário precisa ter consciência do habitat que escolheu para produzir e do valor que tem no contexto institucional.
A percepção descrita foi batizada de endomarketing que apropria das principais ferramentas e técnicas de marketing para produzir comunicação para o público interno alinhada às políticas de recursos humanos.
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
Lapidar um candidato usando as ferramentas de marketing é desafiante e instigante
"Diduzinho"
O primeiro passo é saber se vale o desafio de extrair do embrião as formas de um candidato. É ingênuo acreditar que um candidato se constrói do nada. Daquela pessoa que acha, talvez por vaidade ou por imposição de algum grupo, que pode ser candidato. Será um candidato “Didu”. Vale a pergunta. A pessoa tem a modelagem certa para ser lapitado?
Quem trabalha com isso sabe e sente quem tem potencial. E potencial é conquistado com muita atuação e trabalho que o qualifica com grau de competência para ao menos tentar. Caso contrário é fracasso na certa como o é em qualquer área profissional em que impera o “paraquedismo”.
domingo, 7 de setembro de 2008
Sabedoria de mestre
Rádio trash
Os sindicalismo está precisando de mais marketing
Os filiados não são peças
inanimadas!!!
Os filiados estão atentos e cobram respostas das suas entidades. A prática de “passar mel na boca” foi desmascarada. É aí que as entidades precisam adotar as ferramentas de marketing para garantir a fidelização dos afiliados e atrair novos. O que fazer? As respostas são inúmeras, porém cada entidade tem que ter a leitura do perfil de seus representados. Quem são, onde estão,o que querem e esperam da entidade. Os associados são clientes e como tal quer ver o retorno do seu investimento na entidade, não são pecinhas inanimadas, sem vida e sem voz. E já foi o tempo que a “briga” era só com o empregador. Cabe a entidade envolvê-los assertivamente, nos assuntos que agregam fatores sociais. A contrapartida é o reconhecimento, segurança, respeito e participação.
Não é um trabalho de curto prazo, mas há que estar amparado em ações contínuas sempre com vistas em manter diálogo permanente. Usar as ferramentas de comunicação para manter um canal participativo e aberto é a saída.
terça-feira, 19 de agosto de 2008
terça-feira, 12 de agosto de 2008
Youtube! Que bicho é esse?
sábado, 9 de agosto de 2008
Cooperação, cooperativismo e cooperativa. Mudança de atitude urgente!
O encontro, reuniu especialistas e acadêmicos do universo do Mercosul, foi uma prévia do Fórum maior para os dias seguintes em Ribeirão Preto, registrou as preocupações e as angustias que ainda assombram o setor.
Embora haja consenso sobre o significativo avanço das cooperativas para a economia do país. Os especialistas desenham um cenário preocupante, pintado pelo déficit de profissionais, um setor acadêmico também deficitário e políticas públicas entravadas e incipientes que está aquém de integrar com os demais setores do país.
O setor sofre com a falta de capacitação especializada para formação de profissionais com compromisso em acompanhar o desenvolvimento e colaborar de forma mais eficiente com o crescimento das cooperativas. Situação responsável, em grande medida, em manter paradigmas que não contribui para a construção de um modelo baseado em inovação permanente.
Além disso, o cooperativismo enfrenta problemas de crises de identidade quanto a sua terminologia e abrangência, ou a cooperativa é associada a tênue linha que separa setores como as ONGs e o empresarial ou associam com entidades que são constituídas de forma ilícita contribuindo por desconstruir e denegrir toda uma imagem de forma generalista. O que não deixa de ser preconceituoso.
O que se conclui é que o cooperativismo, embora haja esforços, têm espaço para crescer e muito para fazer, mas está caminhando de forma lenta e desorganizada. Os especialistas se auto denominam um “movimento” e em grande medida agem como movimento ideológico, filosófico e alternativo. Talvez seja necessário uma mudança de atitude e postura e talvez seja por isso que o setor não avança a passos largos como gerador de negócio e renda capaz de suprir a necessidade e demanda de consumo por produtos e serviços. Estamos no interior de uma transformação das atividades e idéias do associativismo, demarcadas pela ausência de compromisso e inoperância do Estado. Ousadia é a palavra. Na praxis a prioridade número um é agir de forma mais consistente, dinâmica e sem puderes para ser reconhecido como empresário cooperativo, num universo em que as regras são definidas pelo capital. Contudo sem perder o foco do compromissado com o social.
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
Operadora embarca em São Paulo e deixa vazar, na internet, vídeo de campanha institucional
Seu posicionamento é voltado para jovens e terá apenas chips pré-pagos. Conferir no site beta http://www.meuaeiou.com.br/.
O mais curioso foi o vídeo de lançamento, mostrado para a imprensa. vazou na internet. Criado pela Casablanca você pode conferir no youtube antes mesmo que a operadora mostrasse na mídia. No vídeo foram convidadas diversas personalidades do youtube brasileiro para cantarem o jingle da empresa como Ruth Lemos (Sanduiche-iche), Cris Nicolotti (Vai tomar no c*), Dona Sônia (yu-yu-yu-tu-biu) entre outros.
É um vídeo arrojado e que com certeza conquistará o público jovem, que já conhece as “personalidades”, de outras aparições na rede, e com certeza se divertiu muito com os vídeos. Fonte: http://www.muraldacomunicacao.com.br/.
quarta-feira, 30 de julho de 2008
Comunicação, educação e dominação*
Paulo Freire incita, em seus textos, que a educação desenvolvida em toda a história sempre visou proporcionar conhecimentos que pudessem manter os sujeitos dominados, ingênuos e domesticados em servidão dos opressores. E isso por si caracteriza a violência, a partir do que se tira o direito de conhecer, exclui-se pela classe.
A transformação se dá pelo conhecimento, exclui o que dela só tem alcance gratuitamente e privilegia o que tem o poder de compra. O conhecimento é privatizado, vira mercadoria. Valendo do pensador Paulo Freire, permitir a criatividade e o conhecimento ao sujeito é perigoso, o que vale é negar-lhe a vocação de “ser mais”.
Pode-se admitir, então, que a interligação entre violência e educação é derivada da ressonância adquirida pela informação e a comunicação para uma compreensão e formação de senso, que pode ser maniqueísta.
Segundo orienta Epstein[1] quando cita em seu texto uma “racionalidade instrumental do homem econômico”, isso quer dizer que o homem é um instrumento da economia, do capital a partir dessa compreensão e de que todo conhecimento está relacionado à agenda do poder do Estado.
Os meios de comunicação utilizam-se dessa ‘matemática’ variável e aberta, que Epstein considera uma orientação ‘agonística’ com múltiplas variantes e que determina o ‘jogo’, para a sua.
“[...] ação comunicativa com múltiplos objetivos [...] exemplos de casos de mensagens persuasivas de propaganda em seu componente enganoso, interrogatório de prisioneiros, certos comportamentos antiéticos [...] podem recobrir situações reconhecidas como aceitáveis, como estratégias em determinadas competições desportivas, eleitorais, empresariais, conflitos políticos e situações de guerra.
Isso é compreensível. Ao se analisar a história, o homem sempre foi um instrumento econômico para qualquer tipo de poder, sempre foi uma mercadoria. E os meios de comunicação podem conduzir o sujeito a ter um raciocínio falso involuntariamente, contudo, a serviço dos interesses dominantes.
Em Platão[2] há uma passagem sobre justiça no texto “A República e as leis”, oriunda de uma conversa entre os filósofos. É, no mínimo, reflexiva, “[...] propõe uma definição de justiça [...] dar a cada um o que lhe é devido [...] justiça se define pelo interesse do mais forte, e que a injustiça é mais vantajosa do que a justiça[...]”. A idéia é repudiada por Sócrates, que argüiu: “sem justiça, sociedade alguma é possível”. Pode-se refletir e trazer para o mundo atual com a seguinte questão: quem define o que é justo ou o que é justiça hoje? É aquele que tem ou não tem conhecimento? Ademais, é pertinente acrescentar que a idéia recortada do texto tem origem há aproximadamente 2.500 anos e, no entanto, parece que acabara de ser proferida. Sócrates continua o discurso: “a justiça é mera convenção e que se é preferível a injustiça, isso se deve apenas às vantagens que acarreta”.
Ao analisar a lenda dos prisioneiros da caverna, sujeitos que ficaram uma vida inteira aprisionados e acorrentados, vendo o mundo através das sombras que a sociedade lhes permitia enxergar, sendo esta a única visão possível de um mundo exterior. Para esses indivíduos isso é um mundo real, incontestável e verdadeiro.
[1] EPSTEIN, Isaac. Ciência, poder e comunicação. In: DUARTE, Jorge; BARROS, Antonio. Métodos e técnicas de pesquisa em comunicação. São Paulo: Atlas, 2005. p. 22, 23.
[2] PLATÃO. Apologia de Sócrates - Banquete. São Paulo: Martin Claret, 2003. p. 23.
domingo, 20 de julho de 2008
O ECA conquistou a maior idade. Sem o poder da liberdade!
Na sua criação, São Paulo foi a grande nascente do movimento, mas arrastou “águas” do Brasil inteiro, transformando-se em grande oceano, inclusive com a participação marcante do Movimento Nacional dos Meninos e Meninas de Rua (MNMMR), cuja palavra de ordem hoje é: “antes de fazer a defesa dos direitos foi preciso lutar para conquistar estes direitos na legislação”. Formou-se uníssono, voz ressonante, com participação democrática de milhões de pessoas, cada uma à sua maneira, contribuindo com idéias e influenciando na redação final da lei. A sociedade fez valer seu grito e cada assinatura conquistada representou a aprovação da Lei em 1990. Hoje, 18 anos após a sua criação, as opiniões divergem. Acredita-se que as divergências estejam vinculadas às ideologias e aos ethos sociais de cada discurso. A Lei é ressonante hoje, em grande medida, no âmbito da violência contra os menores, Mesmo com 18 anos é preciso que a sociedade esteja atenda com rigor nos rumos do principio da lei, a proteção integral das crianças e adolescentes, a maioridade não garante ao ECA a emancipação.
quinta-feira, 17 de julho de 2008
Pressuposto para causa social da violência*
As guerras, como violência no campo social, se configuram entre os mais antigos instrumentos do passado de que se têm notícia. Em contrapartida, as guerras como estratégia militar são recentes. A noção de que guerra é um crime só ganhou peso após a Primeira Guerra Mundial. Hobsbawn1 arrisca dizer que a “[...] violência, como fenômeno social, só existe sob uma grande variedade de formas”. Isso quer dizer que a violência como problema social tem de estar inserida num contexto do campo social.
Os homens que trabalhavam nas terras eram arrendatários, produziam para o senhor. Viviam de forma miserável, conseguiam arrancar do solo apenas o suficiente para sua existência, pois na maior parte do tempo tinham de trabalhar para o senhor, e sem pagamento. O pagamento era o pouco que tiravam da terra arrendada para uma sobrevivência miserável. A economia predominante era a de troca, em que se pressupõe que a troca se dava entre os produtos de outras propriedades feudais.
Leo Huberman2 aponta: O sistema feudal, em última análise, repousa sobre uma organização que, em troca de proteção, freqüentemente ilusória, deixava as classes trabalhadoras à mercê das classes parasitárias, e concedia a terra não a quem a cultivava, mas aos capazes de dela se apoderarem [...].
A terra e apenas a terra era a chave da fortuna de um homem. A medida da riqueza era determinada por um único fator – a quantidade de terra. Nada existia nesse período além da terra e do que dela pudesse extrair para todas as necessidades vitais. Não é de surpreender o motivo de haver tantas guerras na época. Guerras pela disputa da terra. Para vencê-las era preciso aliciar quantos guerreiros fosse possível e a forma de fazer isso era concedendo-lhes terra ou outros benefícios, em contrapartida a seus serviços militares.
As guerras deixavam para trás muitos “desgraçados”, órfãos, mulheres, idosos, doentes e aleijados sem valor para o sistema, mas de grande benefício para a Igreja, que “compadecida acolhia” esses indivíduos para negociar assistência, por sua caridade, com os senhores feudais, os grandes culpados por essa situação.
Outro fator social proeminente da história tem vínculo com a saúde pública e sanitária, no período da Idade Média. A doença, que ficou conhecida como peste negra ou peste bubônica, devastou a população européia. Historiadores calculam que aproximadamente um terço dos habitantes morreu desta doença. A peste negra era transmitida pela picada de pulgas de ratos doentes. Esses ratos chegavam à Europa nos porões dos navios vindos do Oriente. Como as cidades medievais não tinham condições higiênicas adequadas, os ratos se espalharam facilmente. Após o contato com a doença, a pessoa tinha poucos dias de vida. Febre, mal-estar e bolhas de sangue e pus espalhavam-se pelo corpo do doente, principalmente nas axilas e virilhas. Como os conhecimentos médicos eram pouco desenvolvidos, a morte era certa. Para complicar ainda mais a situação, muitos atribuíam a doença a fatores comportamentais, ambientais ou religiosos.
Cabe acreditar que a Igreja é uma das grandes, senão a principal, responsável pela contribuição da condição social desigual e pela proliferação da miséria. Os problemas sociais começaram a incomodar no início do Renascimento, quando toda a nobreza européia se sentia ameaçada com a afronta que representava a miséria. Gente desprezada, faminta, esfarrapada, sem trabalho, sem valor e deslocada numa sociedade “opulenta” e “altiva” constituída por nobres, burgueses e clérigos cheios de riquezas advindas das explorações nas grandes navegações. A solução “fácil” que encontraram para “enquadrar” uma grande parcela dos desajustados do sistema foi o escoadouro chamado América.
[2] HUBERMAN, Leo. História da riqueza do homem. 20.ed. Rio de Janeiro: Zahar Ed. 1985. p. 19.
quinta-feira, 10 de julho de 2008
A informação a qualquer cu$to. Até que ponto um “furo’ é só informação!*
Há pouco tempo a TV brasileira, com status de uma das maiores do mundo, comemorou 50 anos de existência. A cinquentona mais cobiçada, adorada e disputada dos anos 2000. Durante todo esse tempo, não poupou esforços em produzir mitos, e é copiada e referência para outros segmentos da comunicação. Leonardo Boff1 utiliza a palavra “mitomania” ou seja a “capacidade de inventar mitos, ou a mania de projetar interpretações mirabolantes da realidade”. A mídia cria mitos e fantasias incomensuráveis, a seu bel prazer, e enriquece espetaculosamente, hipnotizando o povo brasileiro. O mais importante são os índices de audiência ou os exemplares vendidos, de que se beneficiam os diferentes veículos. Será que não há um “conspiração” para a manutenção do “status quo”?.
A facilidade na armazenagem da palavra e o tratamento dispensado, faz que os meios de comunicação se transformem em “donos” e referência na construção de uma visão hegemônica da sociedade e da história. Isso indica a capacidade que têm, em seu poder, de produzir cidadãos senso comum e pouco crítico. Exclui a necessidade do pensar , da reflexão e do discurso. São sujeitos sujeitados, fatos altamente preocupante
Predomina o espetáculo para o entretenimento das massas. Os meios de comunicação que tenta, a qualquer custo, se legitimar, e cada vez mais, como os porta-vozes da sociedade e se posiciona, supostamente, como defensores dos interesses dos receptores ou defensores dos fracos e oprimidos, ou “ tudo ao bem da informação”.
Pesquisas recentes indicam que as pessoas ficam expostas de três a quatro horas diárias consumindo as informações oriundas dos meios de comunicação, materializados através de filmes, programas de TV, rádio, livros, revistas, jornais, CDs, DVDs, entre outros.
Hoje é amplamente discutido a necessidade que se faz e cada vez mais, da formação de um cidadão crítico. Caiu por terra a defesa de que a formação desse cidadão era de competência exclusiva e privativa da escola. A família e os meios de comunicação, em grande medida, compartilham com a escola nesse processo educacional de transformar o cidadão em sujeito crítico. Conhecer a palavra não é somente copiá-la é expressar juízos é capacitar o sujeito para participação nos processos da sociedade. È ainda, mais do que isso, é transformá-lo em sujeito livre.
A palavra, escrita ou falada, que é passada ao longo do processo da educação é um dos pilares mais importantes para a consolidação da história e a manifestação do novo. A palavra forma a base do pensamento que cada um carrega e possibilita, ou não, a capacidade de ser sujeito capaz de interpretar e re-elaborar, num maior ou menor distanciamento, os fatos postos.
Os meios de comunicação tanto o jornal, como o rádio, a televisão e a internet têm diminuído a distância, mas têm transformando os sujeitos em meros observadores da palavra sem permitir a participação e muito menos ao debate. Têm atravessado muito na condição de educadores e ocupando espaço privilegiado, maior que a escola e a família.
Os meios de comunicação não deviam ter compromisso com a educação? Qual o futuro da nossa educação? Basta sermos ridicularizados e feitos de palhaços ao ouvir o “eu tô pagando” e ainda acharmos graça.
1 BOFF, Leonardo - Saber cuidar. Ética do humano - compaixão pela terra. Cap V - A explicação da fábula-mito do cuidado.
*Rosangela Eugenia Gonçalves Nascimento o mesmo texto foi postado no em 22/07/08.
http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=495DAC003
http://blog.aprendaki.net/2008/07/26/conhecer-a-palavra-e-capacitar-o-cidadao-a-ser-livre-por-rosangela-eugenia-goncalves-nascimento/
Água, o líquido mais precioso. Ter é um direito. Preservar é um dever
Saber usar água para a fonte não secar é a recomendação nos últimos tempos e relembrada em 22 de março quando comemorado no mundo inteiro o Dia Mundial da Água. A data é uma recomendação da Organização das Nações Unidas e surgiu após a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento de 1992, que teve como sede o Rio de Janeiro – Eco 92, e serve para abordagem de assuntos para conscientizar a importância da conservação, preservação, e proteção da água.
A água é um dos recursos naturais mais preciosos da Terra e está ameaçado de secar. Por isso a data é lembrada e, este ano, para não perder de vista água esteve na “boca” da mídia, dos ecologistas, do governo, e das entidades organizadas na tentativa de tratar o assunto no conjunto da sociedade.
No entanto, o assunto virou domínio público, pois a água é de fundamental importância para a existência de qualquer espécie na Terra, ela é a própria saúde e muito se comenta que a fonte está secando e futuramente haverá guerra em busca de água potável. Apesar do Brasil ser um país continental privilegiado, ao solo brasileiro pertencem quase 12% de todo o fluxo de água doce existente no mundo e o maior rio do planeta, o Amazonas, a água é mal distribuída para a população, há locais que a água não chega.
Embora predomine a cultura do desperdício, pois muitos acreditam que a água é um recurso renovável ilimitado, há muita controvérsia. Porém faltam investimentos em tecnologias e pesquisas para exploração dos aqüíferos subterrâneos, eficiência no planejamento e gestão dos recursos híbridos existentes e muito desperdício.
O que é líquido e certo é que o planeta está em plena crise da água e países como Tajiquistão, Paquistão, Índia, Iraque, Egito, África do Sul, Jordânia disputam gota a gota um gole de água e a situação já beira do colapso com a escassez dos recursos híbridos.
sexta-feira, 4 de julho de 2008
Somos um produto, uma mercadoria*
que na natureza existam homens que comandam e outros que obedeçam. Existem entre os homens aqueles, que são mais inferiores que outros. Os inferiores estão destinados a serem dominados tanto na benevolência como através da força. O emprego da força traduz a violência. Deste entendimento entre a soma do homem, família e Estado, conjuga-se o poder político maior centrado no Estado o que Aristóteles sublinha como “...partes componentes de um Estado...” o poderio político
é de importância relevante para a história, em contraponto com a relação do poderio econômico que é especifico e secundário, embora a economia, nos estudos da filosofia antiga seja pouco aprofundado, podem-se extrair alguns elementos da política sob o olhar aristotélico.
O termo economia encontrou sua primeira guarida no sentido de administração do lar, ainda na antiguidade, baseado na compreensão que Aristóteles trazia da economia doméstica e na divisão de família, constituída por três grupos; o senhor e o servo, o marido e a mulher, os pais e os filhos. Cabe ressaltar que nesses três grupos há a figura representada pelo senhor, pelo marido e o pai que é a mesma pessoa, visto que ele circula pelos três grupos. E também acumula a administração do lar e a competência para acumular riquezas.
É perceptível, já em Aristóteles, a diferenciação de classes entre o senhor e o servo. O servo não é um homem livre é um escravo propriedade do senhor. Assim como outras propriedades ou bens que serviam para a manutenção da família, cuja competência em conseguir é do senhor e faz parte da economia acumular bens para a sobrevivência da família, gestão e controle do lar. “Haverá alguém para quem seja justo e lucrativo ser escravo? [...] A autoridade e a obediência não constituem coisas necessárias, apenas, mas são coisas úteis“[2]. O homem é uma mercadoria, uma moeda de troca, sem ele não haveria a riqueza de outro homem.
A escravidão, na antiguidade, fazia parte da lei dos homens e, mesmo para Aristóteles, impunha uma diferença injusta onde a violência a produzia. A escravidão era um ato de violência legitimado pela lei que caracterizava a dominação. A força do poder político do senhor era fortalecido pela quantidade de bens adquiridos para e pelo senhor. Os servos contribuíam para o aumento da economia do senhor, uma vez que a economia, grosso modo, resumia na aquisição de bens para o aumento do agrupamento político familiar e portanto o Estado, com este sentido o homem escravo-servo é uma objeto, uma mercadoria pertencente ao senhor, a priori, representa quanto maior a quantidade de objetos em seus domínios maior o poder econômico e político do senhor. Concretizando, ainda mais, o aumento da dependência econômica, onde brotou toda a construção da propriedade privada conquistada pela força e dominação dos homens pelos homens. Os servos não tinham propriedade, sobreviviam das dependências do senhor. Eram duplamente sujeitos da multiplicação da riqueza do senhor, por serem propriedade do senhor, fontes de renda e agentes atuantes a serviço do senhor.
1 ARISTÓTELES, Política, São Paulo, SP Editora Martin Claret, 2003, p.14, 15
2 ARISTÓTELES, Política, São Paulo, SP Editora Martin Claret, 2003, p 17.