O que é um blog? a blogosfera é o futuro da comunicação?
Definição:
Explicando para aqueles que acreditam que para um bom entendedor meia palavra basta. Blog é uma forma de expressão com liberdade, sem restrição e censuras. Sem ninguém para corrigir ou editar seu texto. É um diário aberto onde suas idéias e anotações, lembretes e fotos tornam-se públicas e permite que outros comentem pois é um livro virtual e aberto. Hoje o blog é uma febre, um vírus que vicia e contamina ou um incubador de vírus. Embora ainda caminhando à passos lentos, é uma ferramenta utilizada por profissionais de comunicação como meio de informação institucional e para divulgar produtos e ou serviços devido ao fato de permitir uma maior interação com o consumidor. Num conceito puramente teórico, blog compõe a chamada mídia social responsável pela disseminação de conteúdos na rede considerada de mão dupla, onde o leitor participa do processo comunicacioanal de forma ativa. Deixa de ser mero receptor passivo de informação. Outra característica das redes sociais é o uso de linguagem dotada de informalidade e criatividade, mesmo assim há muitos blogs com excelente conteúdo de informação afinal tem muita vida inteligente na rede.
Explicando para aqueles que acreditam que para um bom entendedor meia palavra basta. Blog é uma forma de expressão com liberdade, sem restrição e censuras. Sem ninguém para corrigir ou editar seu texto. É um diário aberto onde suas idéias e anotações, lembretes e fotos tornam-se públicas e permite que outros comentem pois é um livro virtual e aberto. Hoje o blog é uma febre, um vírus que vicia e contamina ou um incubador de vírus. Embora ainda caminhando à passos lentos, é uma ferramenta utilizada por profissionais de comunicação como meio de informação institucional e para divulgar produtos e ou serviços devido ao fato de permitir uma maior interação com o consumidor. Num conceito puramente teórico, blog compõe a chamada mídia social responsável pela disseminação de conteúdos na rede considerada de mão dupla, onde o leitor participa do processo comunicacioanal de forma ativa. Deixa de ser mero receptor passivo de informação. Outra característica das redes sociais é o uso de linguagem dotada de informalidade e criatividade, mesmo assim há muitos blogs com excelente conteúdo de informação afinal tem muita vida inteligente na rede.
domingo, 25 de outubro de 2009
A comunicação e o desenvolvimento local
Nos últimos anos muito tem sido as tentativas dos governos municipal, estadual e federal em envolver a população, através dos movimentos sociais civis organizados ou não, em participar das políticas públicas. Observo isso pontualmente, em grande medida, desde a minha participação profissional na gestão do governo municipal nas plenárias comunitárias, orçamentos participativos, nas audiências públicas promovida pelo poder legislativo e nos assuntos que envolvem mobilização social como; educação, conselhos de direito, direitos humanos, segurança pública, cultura, esporte e urbanismo.
Os movimentos sociais tem prestado esse papel ao “ajudar” o governo a atuar em beneficio da sociedade, uma vez que é a própria sociedade a protagonista e conhecedora das suas necessidades na sua comunidade e seu território. É sabedora onde aperta o nó.
Por isso as decisões perpassam os gabinetes, no entanto falar de transformações sociais implica olhar de forma critica as transformações mundiais, no contexto da globalização e da sociedade contemporânea, apesar dos avanços e do progresso tem se caracterizado por inúmeros problemas sociais, uma vez que a grande maioria da população encontra-se em território de grande vulnerabilidade social com pouco ou nenhum aparato social.
Diante dessa complexidade, avanços e injustiças, é tempo de rever novos paradigmas, principalmente diante das tecnologias de comunicação contemporânea, que obriga a remodelar as maneiras de pensar e agir de uma sociedade civil imersa que sofre as conseqüências dos problemas sociais, econômicos, políticos e culturais em seu território, uma vez que o global afeta e interfere no local. No entanto é no território que representa o contraponto para atuação na preservação, manutenção ou implantação de ações pontuais de desenvolvimento de proteção do meio ambiente, da superação da exclusão social e do fortalecimento da cultura e identidade local.
É a sociedade civil organizada ou não, que configura como principal sujeito de articulação e mobilização com vistas a enfrentar os problemas globais para desenvolvimento das localidades. Ademais o desafio também é contemporâneo acerca de promover de forma assertiva e participativa a mobilização e articulação dessa sociedade que anseia por mudanças estruturais do “status quo” e provocar, de fato, o desenvolvimento local.
Daí que brota e reforça, que para a sociedade exercer seu papel, a comunicação tem que ser pautada de forma estratégica para atingir os objetivos de mudança e transformação social tão ressonante nas instituições como nas comunidades.
Assim, nesse contexto, a comunicação deve constituir a ferramenta estratégica que privilegie estabelecer canais efetivos de ligação com os segmentos e redes sociais vinculados, seja ele público ou privado e, principalmente, a abertura de fontes com vistas a efetiva difusão da informação que cause a mobilização local e social para agregar valores e facilite os processos interativos de mediação com os diferentes públicos porem essenciais que podem se articular com o objetivo de primeiro: obter sucesso e resultado nas ações uma vez que pode funcionar com divulgador e segundo: propor maior visibilidade das conquistas.
Assim é cada vez mais crescente a importância da comunicação como estratégica, para alcançar mudanças de postura, condutas e paradigmas nos dias de hoje.
A comunicação estratégica poderá ocupar de forma espontânea os meios de comunicação de massa local e regional, transformando-se em notícia e ser uma forte e principal aliada para alcançar, com mais eficácia, os resultados para qualquer tipo de ação sejam elas oriundos das organizações privadas, organização governamentais e não governamentais. O que a justifica é a compreensão que a mediação originária pelo viés da comunicação é o principal espaço de diálogo público e responsável para a multiplicação, o (re)conhecimento, a transformação e o desenvolvimento territorial.
Como estratégia entende-se abrir mão da comunicação somente por intermédio do grito, das passeatas, das bandeiras de luta, das porteiras derrubadas, das invasões de terra e dos espaços e repartições públicas e produção de impressos ao acaso. Tudo isso deverá ser substituído e orquestrado, par e passo, por um planejamento estratégico de comunicação apoderando-se dos atuais recursos e das formas e tecnologias contemporâneas de comunicação.
Vamos lá, pense num mundo sem comunicação. Hoje é difícil imaginar como seria a existência da espécie sem a comunicação. A comunicação é o elo de ligação mais primitivo que existe entre os seres humanos. O mundo da comunicação é vastíssimo e está bem longe da comunicação apenas verbal e dos sons do tambor. São: sinais, imagens, gestos, outros sons, e expressões todas emitidas pelo corpo do homem. Ainda na comunicação não verbal nos comunicamos ao sentar, andar, na postura, na roupa que usamos, é a comunicação do comportamento social.
Mesmo que a comunicação carregue uma multiplicidade de características e conceitos é ela que constrói e dá sentido aos comportamentos e pensamentos do homem. Então é pertinente pensar que o ato de comunicar tem uma estreita ligação com a vida e negá-la é negar a existência. Pense nisso!
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Comunicação, educação e dominação
Pode-se considerar que o conhecimento é a liberdade e a emancipação do homem, e que isso acarreta a transformação de sua conduta na sociedade. Ao seguir esse raciocínio, considera-se que o homem sem conhecimento é adestrável, dominado e incombativo. Então, por que produzir incentivo ou mecanismo gratuito para transformá-lo num ser capaz de adquirir poder e ser combativo? Com isso, ele passaria a ter poder de escolha e maior criticidade.
Paulo Freire incita, em seus textos, que a educação desenvolvida em toda a história sempre visou proporcionar conhecimentos que pudessem manter os sujeitos dominados, ingênuos e domesticados em servidão dos opressores. E isso por si caracteriza a violência, a partir do que se tira o direito de conhecer, exclui-se pela classe.
A transformação se dá pelo conhecimento, exclui o que dela só tem alcance gratuitamente e privilegia o que tem o poder de compra. O conhecimento é privatizado, vira mercadoria. Valendo do pensador Paulo Freire, permitir a criatividade e o conhecimento ao sujeito é perigoso, o que vale é negar-lhe a vocação de “ser mais”.
Pode-se admitir, então, que a interligação entre violência e educação é derivada da ressonância adquirida pela informação e a comunicação para uma compreensão e formação de senso, que pode ser maniqueísta.
Segundo orienta Epstein quando cita em seu texto uma “racionalidade instrumental do homem econômico”, isso quer dizer que o homem é um instrumento da economia, do capital a partir dessa compreensão e de que todo conhecimento está relacionado à agenda do poder do Estado.
Os meios de comunicação utilizam-se dessa ‘matemática’ variável e aberta, que Epstein considera uma orientação ‘agonística’ com múltiplas variantes e que determina o ‘jogo’, para a sua.
“[...] ação comunicativa com múltiplos objetivos [...] exemplos de casos de mensagens persuasivas de propaganda em seu componente enganoso, interrogatório de prisioneiros, certos comportamentos antiéticos [...] podem recobrir situações reconhecidas como aceitáveis, como estratégias em determinadas competições desportivas, eleitorais, empresariais, conflitos políticos e situações de guerra.
Isso é compreensível. Ao se analisar a história, o homem sempre foi um instrumento econômico para qualquer tipo de poder, sempre foi uma mercadoria. E os meios de comunicação podem conduzir o sujeito a ter um raciocínio falso involuntariamente, contudo, a serviço dos interesses dominantes.
Em Platão há uma passagem sobre justiça no texto “A República e as leis”, oriunda de uma conversa entre os filósofos. É, no mínimo, reflexiva, “[...] propõe uma definição de justiça [...] dar a cada um o que lhe é devido [...] justiça se define pelo interesse do mais forte, e que a injustiça é mais vantajosa do que a justiça[...]”. A idéia é repudiada por Sócrates, que argüiu: “sem justiça, sociedade alguma é possível”. Pode-se refletir e trazer para o mundo atual com a seguinte questão: quem define o que é justo ou o que é justiça hoje? É aquele que tem ou não tem conhecimento? Ademais, é pertinente acrescentar que a idéia recortada do texto tem origem há aproximadamente 2.500 anos e, no entanto, parece que acabara de ser proferida. Sócrates continua o discurso: “a justiça é mera convenção e que se é preferível a injustiça, isso se deve apenas às vantagens que acarreta”.
Ao analisar a lenda dos prisioneiros da caverna, sujeitos que ficaram uma vida inteira aprisionados e acorrentados, vendo o mundo através das sombras que a sociedade lhes permitia enxergar, sendo esta a única visão possível de um mundo exterior. Para esses indivíduos isso é um mundo real, incontestável e verdadeiro.
Será pertinente, mais adiante, valer-se de uma analogia com essa visão de aprisionados com os temas objeto desta pesquisa: violência, educação e comunicação.
Colombia. Território da violência?
Comunicação e sociedade
Numa sociedade rodeada por complexidades e conflitos de toda monta, sejam eles; sociais, políticos, ideológicos, religiosos, estruturais, econômicos e culturais é cada vez mais crescente a importância da comunicação como estratégica, para alcançar mudanças de postura, condutas e paradigmas para os dias de hoje. A comunicação é uma forte, e principal, aliada para alcançar, com mais eficácia, os resultados em qualquer tipo de ação sejam elas oriundos das organizações privadas, organizações governamentais e não governamentais a comunicação é o elo de ligação mais primitivo que existe entre os seres humanos. E mesmo que a comunicação carregue uma multiplicidade de conceitos e formas é ela que constrói e dá sentido aos comportamentos e pensamentos do homem. Então é pertinente pensar que o ato de comunicar tem uma estreita ligação com a vida e negá-la é negar a existência humana, quiçá qualquer forma de transformação.
Ao longo dos tempos a comunicação adquiriu status semelhantes a do rio na comparação do poema de Ovídio quando ilustra que o “rio nasce pequeno, mas ganha força correndo e por onde passa recebe muitas águas”. A comunicação saiu das origens do primitivismo ganhou ramos, folhas e ficou frondosa. Frondosa a ponto de ser o manto que dita as regras do jogo social e, ao que tudo indica, é o que causa a relação de dependência ou de liberdade.
Se por um lado, pesquisadores sobre sociedade moderna quando investigam a comunicação, a traçam como a matriz do controle social das massas e pela hegemonização do pensamento, reforçada com a proliferação das tecnologias e a profissionalização das ações, responsáveis por acrescentar outras ressonâncias que faz da comunicação uma figura emblemática neste caminhar do terceiro milênio, por outro lado classificam que a sociedade contemporânea não consegue se desenvolver sem a mediação dos processos comunicacionais.
Ao longo dos tempos a comunicação adquiriu status semelhantes a do rio na comparação do poema de Ovídio quando ilustra que o “rio nasce pequeno, mas ganha força correndo e por onde passa recebe muitas águas”. A comunicação saiu das origens do primitivismo ganhou ramos, folhas e ficou frondosa. Frondosa a ponto de ser o manto que dita as regras do jogo social e, ao que tudo indica, é o que causa a relação de dependência ou de liberdade.
Se por um lado, pesquisadores sobre sociedade moderna quando investigam a comunicação, a traçam como a matriz do controle social das massas e pela hegemonização do pensamento, reforçada com a proliferação das tecnologias e a profissionalização das ações, responsáveis por acrescentar outras ressonâncias que faz da comunicação uma figura emblemática neste caminhar do terceiro milênio, por outro lado classificam que a sociedade contemporânea não consegue se desenvolver sem a mediação dos processos comunicacionais.
As Eras da Comunicação
Neste ano de 2009 a escola de samba Unidos do Salgueiro, do Rio de Janeiro, levou para o sambódromo e mostrou de forma cantada, na ponta dos pés, de maneira lúdica e vitoriosa a importância do instrumento para a evolução da humanidade. O dado é que o tambor é um meio de comunicação tão primitivo quanto a origem humana e sem perder as características originais, tanto hoje como ontem, serve para anunciar festas, nascimento, morte, presença de inimigos ou amigos, anunciar chuvas, empregado em rituais religiosos. Acredita-se que os primeiros tambores fossem troncos ocos de árvores tocados com as mãos ou galhos. Dada a simplicidade de construção e execução, embora não seja mais tão rústico mas continua artesanal, tipos diferentes de tambores existem em praticamente todas as civilizações conhecidas. Devido a potencialidade sonora serve para dar o tom às diversas manifestações musicais e artísticas à exemplo dos batuques e das baterias nota 10 das escolas de samba como muito bem executou a Salgueiro na avenida.
Pense num mundo sem comunicação. Hoje é difícil imaginar como seria a existência da espécie sem a comunicação. A comunicação é o elo de ligação mais primitivo que existe entre os seres humanos. O mundo da comunicação é vastíssimo e está bem longe da comunicação apenas verbal e dos sons do tambor. São: sinais, imagens, gestos, outros sons, e expressões todas emitidas pelo corpo do homem. Ainda na comunicação não verbal nos comunicamos ao sentar, andar, na postura, na roupa que usamos, é a comunicação do comportamento social.
Mesmo que a comunicação carregue uma multiplicidade de características e conceitos é ela que constrói e dá sentido aos comportamentos e pensamentos do homem. Então é pertinente pensar que o ato de comunicar tem uma estreita ligação com a vida e negá-la é negar a existência.
Ao longo dos tempos a comunicação adquiriu status semelhantes a do rio na comparação do poema de Ovídio quando ilustra que o “rio nasce pequeno, mas ganha força correndo e por onde passa recebe muitas águas”. No entanto, a comunicação saiu das origens do primitivismo ganhou ramos, folhas e ficou frondosa. Frondosa a ponto de ser o manto que dita as regras do jogo social e, ao que tudo indica, é o que causa a relação de dependência.
Os pesquisadores, sobre sociedade moderna, quando investigam a comunicação, a traçam como a matriz do controle social das massas e por uma hegemonização do pensamento associada e reforça com a proliferação das tecnologias e a profissionalização das ações comunicativas, mas por outro lado classificam que a sociedade contemporânea só se desenvolveu graças a mediação dos processos comunicacionais. Todo ato de comunicação envolve: emissor, mensagem, sinais, código, canal e receptor,
De fato a existência do homem só é possível por meio da comunicação. Ela permeia toda a sua vida. Em qualquer momento e lugar, onde existe vida humana, existe comunicação. Imagina-se que os tijolos só conseguem sustentar a parede se houver a massa de cimento ou barro unindo-os firmemente. Se compararmos o mundo a uma imensa casa e as pessoas sendo os tijolos, então a massa que une esses tijolos é a comunicação. É notório, o mundo que hoje se conhece é cheio de problemas, mas também repleto de realizações para a vida, e se desenvolveu graças à comunicação, que ligou a humanidade. Nada adiantaria ao homem possuir a capacidade de raciocínio se não houvesse criado formas de transmitir, comunicar suas descobertas, seus conhecimentos e suas idéias ou conceitos.
Utilizando os estudos e pesquisa sobre comunicação, é possível extrair alguns dos principais conceitos relacionados ao campo da Comunicar(ação), classificados conforme sua abordagem da existência humana. Diz o dicionário de Rabaça.
Conceito etimológico - A origem da palavra Comunicação introduz a idéia de comunhão, comunidade. Como diz Wilbur Schramm, quando nos comunicamos, tratamos de estabelecer uma comunidade, isto é, tratamos de compartilhar informações, idéias, atitudes. Sérgio Luiz Velozo endossa ao afirmar que Comunicação é fazer participar, é trazer para a comunidade o que dela estava isolado. Comunicar significa, assim, estabelecer comunhão, participar da comunidade, através do intercâmbio de informações.
Conceito biológico - Identifica a Comunicação como atividade sensorial e nervosa. Luiz Beltrão situa a Comunicação entre os seres vivos como necessidade não só para a sobrevivência, mas também para a perpetuação da espécie. No caso da espécie humana, ela procura comunicar-se intensamente, levando a informação obtida ao conhecimento de outrem, em uma ação reflexiva e objetiva. Wilbur Schramm diz que essa atividade nervosa e sensorial inclui a coleta de informações de diferentes partes do ambiente e diferentes partes do corpo, a armazenagem e restabelecimento da informação, a disposição, processamento e avaliação que ocorre no processo de tomada de decisão, a circulação de informações para os centros de ação e, especialmente, o preparo de ordens que resultam no envio de mensagens para o ambiente. José Marques de Melo conclui que, do ponto de vista biológico, a Comunicação pode ser entendida como o ato de exprimir e transmitir o que se registra ou se passa no sistema nervoso do indivíduo.
Conceito pedagógico - John Dewey afirma que os homens vivem em comunidade em virtude das coisas que têm em comum, e a comunicação é o meio pelo qual chegam a possuir coisas em comum. Nesse sentido, enfatiza Marques de Melo, a Comunicação é uma atividade preponderantemente educati¬va, porque pressupõe o intercâmbio de experiências entre pessoas de gerações diferentes, ou de uma mesma geração, assegurando a renovação constante das experiências individuais, que se transforma em patrimônio coletivo. Vivemos numa época em que a mídia assume um papel de educadora coletiva, podendo facilitar a difusão de conhecimentos capazes de orientar o comportamento dos cidadãos em todas as dimensões. Pedagogicamente podemos dizer que Comunicação é o processo de transmissão de experiências e ensinamentos.
Pense num mundo sem comunicação. Hoje é difícil imaginar como seria a existência da espécie sem a comunicação. A comunicação é o elo de ligação mais primitivo que existe entre os seres humanos. O mundo da comunicação é vastíssimo e está bem longe da comunicação apenas verbal e dos sons do tambor. São: sinais, imagens, gestos, outros sons, e expressões todas emitidas pelo corpo do homem. Ainda na comunicação não verbal nos comunicamos ao sentar, andar, na postura, na roupa que usamos, é a comunicação do comportamento social.
Mesmo que a comunicação carregue uma multiplicidade de características e conceitos é ela que constrói e dá sentido aos comportamentos e pensamentos do homem. Então é pertinente pensar que o ato de comunicar tem uma estreita ligação com a vida e negá-la é negar a existência.
Ao longo dos tempos a comunicação adquiriu status semelhantes a do rio na comparação do poema de Ovídio quando ilustra que o “rio nasce pequeno, mas ganha força correndo e por onde passa recebe muitas águas”. No entanto, a comunicação saiu das origens do primitivismo ganhou ramos, folhas e ficou frondosa. Frondosa a ponto de ser o manto que dita as regras do jogo social e, ao que tudo indica, é o que causa a relação de dependência.
Os pesquisadores, sobre sociedade moderna, quando investigam a comunicação, a traçam como a matriz do controle social das massas e por uma hegemonização do pensamento associada e reforça com a proliferação das tecnologias e a profissionalização das ações comunicativas, mas por outro lado classificam que a sociedade contemporânea só se desenvolveu graças a mediação dos processos comunicacionais. Todo ato de comunicação envolve: emissor, mensagem, sinais, código, canal e receptor,
De fato a existência do homem só é possível por meio da comunicação. Ela permeia toda a sua vida. Em qualquer momento e lugar, onde existe vida humana, existe comunicação. Imagina-se que os tijolos só conseguem sustentar a parede se houver a massa de cimento ou barro unindo-os firmemente. Se compararmos o mundo a uma imensa casa e as pessoas sendo os tijolos, então a massa que une esses tijolos é a comunicação. É notório, o mundo que hoje se conhece é cheio de problemas, mas também repleto de realizações para a vida, e se desenvolveu graças à comunicação, que ligou a humanidade. Nada adiantaria ao homem possuir a capacidade de raciocínio se não houvesse criado formas de transmitir, comunicar suas descobertas, seus conhecimentos e suas idéias ou conceitos.
Utilizando os estudos e pesquisa sobre comunicação, é possível extrair alguns dos principais conceitos relacionados ao campo da Comunicar(ação), classificados conforme sua abordagem da existência humana. Diz o dicionário de Rabaça.
Conceito etimológico - A origem da palavra Comunicação introduz a idéia de comunhão, comunidade. Como diz Wilbur Schramm, quando nos comunicamos, tratamos de estabelecer uma comunidade, isto é, tratamos de compartilhar informações, idéias, atitudes. Sérgio Luiz Velozo endossa ao afirmar que Comunicação é fazer participar, é trazer para a comunidade o que dela estava isolado. Comunicar significa, assim, estabelecer comunhão, participar da comunidade, através do intercâmbio de informações.
Conceito biológico - Identifica a Comunicação como atividade sensorial e nervosa. Luiz Beltrão situa a Comunicação entre os seres vivos como necessidade não só para a sobrevivência, mas também para a perpetuação da espécie. No caso da espécie humana, ela procura comunicar-se intensamente, levando a informação obtida ao conhecimento de outrem, em uma ação reflexiva e objetiva. Wilbur Schramm diz que essa atividade nervosa e sensorial inclui a coleta de informações de diferentes partes do ambiente e diferentes partes do corpo, a armazenagem e restabelecimento da informação, a disposição, processamento e avaliação que ocorre no processo de tomada de decisão, a circulação de informações para os centros de ação e, especialmente, o preparo de ordens que resultam no envio de mensagens para o ambiente. José Marques de Melo conclui que, do ponto de vista biológico, a Comunicação pode ser entendida como o ato de exprimir e transmitir o que se registra ou se passa no sistema nervoso do indivíduo.
Conceito pedagógico - John Dewey afirma que os homens vivem em comunidade em virtude das coisas que têm em comum, e a comunicação é o meio pelo qual chegam a possuir coisas em comum. Nesse sentido, enfatiza Marques de Melo, a Comunicação é uma atividade preponderantemente educati¬va, porque pressupõe o intercâmbio de experiências entre pessoas de gerações diferentes, ou de uma mesma geração, assegurando a renovação constante das experiências individuais, que se transforma em patrimônio coletivo. Vivemos numa época em que a mídia assume um papel de educadora coletiva, podendo facilitar a difusão de conhecimentos capazes de orientar o comportamento dos cidadãos em todas as dimensões. Pedagogicamente podemos dizer que Comunicação é o processo de transmissão de experiências e ensinamentos.
Cronologia da Comunicação
A Era da Fala
A fala surge quando grunhidos, gestos, expressões faciais e o uga-uga da Pré-História não são mais suficientes, porém não existe ou não foi descoberto nenhuma referência científica ou registro que demarcam o momento que o homem começou a verbalizar. Acredita-se que a escrita é anterior a fala. A comunicação oral e o poder do discurso sempre foram reconhecidos, no decorrer da história, como principal instrumento para difundir informações. Na era medieval os sermões de padres e frades eram obrigação aceita e estes modificavam o seu discurso conforme a platéia, por isso alguns pesquisadores descreve os púlpitos católicos como "meios de comunicação em massa". O boca-a-boca nunca perdeu importância, principalmente nos espaços públicos.
A Era da Escrita
A escrita originou a partir de desenhos. A escrita libera o cérebro da tarefa de memorizar. Com ela, o saber pode ser acumulado fora do corpo e é possível deixar registros que serão vistos mesmo depois da morte. A palavra escrita torna-se sagrada e os livros, pilares das religiões. Cada cultura desenvolveu sua escrita de forma independente e peculiar. A mensagem é eternizada. A escrita foi o principal fator que provocou o desenvolvimento do Estado e das Cidades.
8000 a.C. Os primeiros registros que indicam o nascimento da escrita, encontrados em cavernas, são desta data
4000 a.C. Pesquisadores descobrem que já havia serviço de correio entre chineses
3.700 a.C. Embora haja controvérsia quanto a data é nesse período que os egípcios descobrem a forma de fazer papel
3500 a.C. Os egípcios criam os hieróglifos
A Era da Imprensa
A prensa, inventada por Gutenberg em 1452, permitiu a reprodução fiel e a difusão de uma mesma mensagem. Os acontecimentos circulam com rapidez. Notícias ganham alcance continental, de forma periódica. Instala-se a idéia da liberdade de imprensa: é preciso dizer tudo. A invenção do jornal impresso alterou a natureza da cultura oral.
59 a.C. Data que marca a existência do único jornal a serviço do império Romano
305 d.C. Registros marcam que as primeiras prensas de madeira foram inventadas na China.
713 d.C. Em Pequim foi feito o primeiro jornal em papel feito em na China
1450. Os primeiros jornais manuscritos aparecem na Europa
1650. Primeiro jornal diário aparece na Alemanha
A Era do Fio
O ar é um suporte mais dinâmico e democrático do que as folhas de papel. Com os veículos "de massa", é possível atingir uma multidão de anônimos. As ondas do rádio encurtam distâncias. O telégrafo e o telefone possibilitam a comunicação instantânea - com a interação quase imediata de emissor e receptor - e, por isso, funcionam quase como extensões do corpo. A mensagem sem fronteiras
1835. O telégrafo elétrico é inventado por Samuel Morse
1876. Alexander Graham Bell patenteia o telefone elétrico
1887. Emile Berliner inventa o gramofone
A Era do Rádio
Basicamente o rádio inaugura a era da comunicação por meio da de sinais eletromagnético cujas transmissões se destinam ao público ouvinte difusão tecnologia. O rádio marca um período de transformação para a história da comunicação é partir dele que nasce a televisão cuja base é a transmissão por ondas sonoras à longa distância.
1894. O italiano Marconi inventa o rádio. Trinta anos depois, o veículo está no auge da sua popularidade
1899. Primeira gravação magnética, ponto de partida de fitas cassete
1948. Inventado o LP de vinil de 33 rotações
A Era da Televisão
A televisão inova o conceito de som transmitido por meio radiocomunicação ao acrescentar sinais visuais. A comunicação audiovisual poupa-nos o esforço da imaginação. Da urgência de captar o movimento de uma sociedade industrializada, surge a fotografia. Logo o cinema cria a ilusão do movimento real. A TV traz o mundo para dentro da sala - e, com ele, as mensagens publicitárias. Há uma nova maneira de perceber o planeta: é o começo da globalização A ilusão do mundo real.
1827. Joseph Nicéphore Niépce faz a primeira fotografia de que se tem notícia
1888. Aparece a câmera fotográfica de filme de rolo
1895. Os irmãos Lumière inventam o cinema na França
1910. Thomas Edison faz a demonstração do primeiro filme sonoro
1923. A televisão é inventada por Vladimir Kosma Zworykin
1927. Primeira transmissão de televisão na Inglaterra
1934. Inventado o videotape
A Era do Computador
O mundo virtual é um imenso arquivo de dados sempre disponível. Não há fronteiras: tudo está ligado em rede planetária. E um minúsculo aparelho é capaz de nos dar acesso a todo esse universo. Os impactos da internet mudam as relações de trabalho, o aprendizado e a vida social. É preciso rever alguns conceitos, como a liberdade de expressão. Tudo ao mesmo tempo agora
1971. Surge o primeiro disquete de computador
1976. Inventado o computador pessoal Apple I
1981. Vendido o primeiro PC da IBM
1994. Nasce a World Wide Web
A Era Digital
A introdução da internet no cotidiano das pessoas, tanto nas relações pessoais como nas profissionais e acadêmicas, possibilita maior volume de circulação de comunicação informação oriunda de diversas fontes. Há também a descentralização do processo de produção e veiculação de notícias. Escapa das mãos de qualquer editor ou censor dos veículos de comunicação de massa. Acredita-se, que a internet subverte a autoridade política, ao mesmo tempo e que enfraquece as formas estatais de controle. A rede também é considerada um lugar de continuidade da cidadania, uma cidadania que se articula. Por este motivo a era digital marca o tempo da liberdade de expressão.
Entramos num novo paradigma de comunicação. A virada do milênio extrapola a expectativa da ficção cientifica e começa a fazer parte da realidade do dia-a-dia, trocamos, passamos e buscamos informações em qualquer lugar do mundo. Conversamos por meio de vídeo conferência, falamos com outro através de câmara digital, trocamos dados por celular seja fotos, textos sons. Temos a possibilidade de nos comunicar por meio de computador portátil que carregamos na bolsa, na mão.
Li um trecho encontrado na apresentação do livro Cibercultura de Lévy e vou reproduzir parte aqui. Diz o seguinte,”(...) estamos vivendo a abertura de um novo espaço de comunicação, e cabe apenas a nós explorar as potencialidades mais positivas deste espaço no plano econômico, político, cultural e humano. Que tentamos compreendê-lo, pois a verdadeira questão não é ser contra ou a favor, mas sim reconhecer as mudanças qualitativas(...)”.
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