O debate sobre como proteger ou liberar a propriedade de um conhecimento ainda está engatinhando mas nem por isso deixa de ser acirrada e explosiva. Enquanto não se chega a um denominador comum, para “taxar” a circulação do conhecimento, estamos diante de uma situação que ao mesmo tempo a indústria quer bloquear o acesso da informação livre também criam sofisticados aparelhos ou esquemas que permitem desbloquear. Um curioso paradoxo cujos criadores de conteúdos perdem, cada vez mais, a capacidade de recolher os direitos autorais sobre a reprodução de seus produtos intelectuais. Estamos diante de uma situação onde é investido milhões em produção de conhecimento, entretenimento ou outros bens simbólicos, como no caso de filmes e música, e a reprodução é fácil com custo insignificante. Ainda não há lei capaz de controlar essa dinâmica ou privatizar esta circulação de conhecimento. O copyright explicado por integrante da Wu Ming – editora que permite copyleft de seus livros - quando o copyright foi introduzido, há três séculos, não existia nenhuma possibilidade de cópia ou reprodução sem fins lucrativos, porque só um editor concorrente tinha acesso às máquinas tipográficas. Os leitores ficaram esperando o material ficar pronto para comprar ou simplesmente renunciar aos livros por falta de dinheiro. No entanto, o copyright não era percebido como anti-social, era a arma de um empresário contra o outro, não de um empresário contra o público. Hoje a situação está drasticamente mudada, o público tem acesso ao maquinário (computador, fotocopiadoras etc.) e o copyright é uma arma que dispara contra uma multidão na tentativa de defender a propriedade intelectual. Quando perguntado como se ganha dinheiro dessa forma, responde que a “lógica da ‘cópia pirateada = cópia não vendida’ de lógico não tem mesmo nada. É entendido que quanto mais uma obra circula, mais leitores a conhece e mais possibilidade vender. Quando o usuário baixa no site para somente ler ou imprime é porque gosta, então ele divulga para os amigos e quando resolve presentear alguém não vai fazê-lo com uma cópia de papel A4, compra na livraria, por isso “cópia pirata = cópia vendida”. De outro modo não se compreenderia como o nosso romance Q, disponível grátis há mais de anos, ter chegado à duodécima edição superado a marca de duzentas mil cópias vendidas. O site é
http://www.wumingfoundation.com/. Cabe uma reflexão no sentido de que não se pode privar nem o indivíduo e a comunidade nem os artistas e os autores intelectuais da obra de ver sua produção publicada na rede em formato digital. Para assegurar que isso aconteça são necessários mobilizações de todos os setores envolvidos, caso contrário, estaremos diante de um cenário de eterna pirataria. Por outro lado nem sempre é possível carregar uma obra intelectual em formato digital, quem tem digital precisa do material, pensando assim tem muito espaço para muita produção. Os mais entusiastas chegam a argumentar que estamos sob uma nova era de produção e consumo de informação na qual os grandes conglomerados da indústria cultural serão derrubados para que possa emergir uma forma comunitária e aberta de livre distribuição de conteúdo. Em outras palavras, capaz de provocar uma pane no sistema capitalista. Entretanto, antecedentes históricos mostram que a lógica e o pragmatismo capitalista sempre tiveram flexibilidade para adequar-se às novidades tecnológicas e tirar proveito das crises com assombrosa eficiência. Hoje os defensores da informação livre se valem da lógica que as idéias ou a origem do saber só são possíveis graças as relações adquiridas no convívio social no espaço público, na comunidade portanto o conhecimento tem que permanecer público. Ser livre é, ao mesmo tempo, não se sujeitar às necessidades da vida, nem ao comando de outro é também não comandar pela força ou pela repressão e impor bloqueios. Ser livre é possuir a palavra.
http://www.wumingfoundation.com/. Cabe uma reflexão no sentido de que não se pode privar nem o indivíduo e a comunidade nem os artistas e os autores intelectuais da obra de ver sua produção publicada na rede em formato digital. Para assegurar que isso aconteça são necessários mobilizações de todos os setores envolvidos, caso contrário, estaremos diante de um cenário de eterna pirataria. Por outro lado nem sempre é possível carregar uma obra intelectual em formato digital, quem tem digital precisa do material, pensando assim tem muito espaço para muita produção. Os mais entusiastas chegam a argumentar que estamos sob uma nova era de produção e consumo de informação na qual os grandes conglomerados da indústria cultural serão derrubados para que possa emergir uma forma comunitária e aberta de livre distribuição de conteúdo. Em outras palavras, capaz de provocar uma pane no sistema capitalista. Entretanto, antecedentes históricos mostram que a lógica e o pragmatismo capitalista sempre tiveram flexibilidade para adequar-se às novidades tecnológicas e tirar proveito das crises com assombrosa eficiência. Hoje os defensores da informação livre se valem da lógica que as idéias ou a origem do saber só são possíveis graças as relações adquiridas no convívio social no espaço público, na comunidade portanto o conhecimento tem que permanecer público. Ser livre é, ao mesmo tempo, não se sujeitar às necessidades da vida, nem ao comando de outro é também não comandar pela força ou pela repressão e impor bloqueios. Ser livre é possuir a palavra.
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