O que é um blog? a blogosfera é o futuro da comunicação?

Definição:
Explicando para aqueles que acreditam que para um bom entendedor meia palavra basta. Blog é uma forma de expressão com liberdade, sem restrição e censuras. Sem ninguém para corrigir ou editar seu texto. É um diário aberto onde suas idéias e anotações, lembretes e fotos tornam-se públicas e permite que outros comentem pois é um livro virtual e aberto. Hoje o blog é uma febre, um vírus que vicia e contamina ou um incubador de vírus. Embora ainda caminhando à passos lentos, é uma ferramenta utilizada por profissionais de comunicação como meio de informação institucional e para divulgar produtos e ou serviços devido ao fato de permitir uma maior interação com o consumidor. Num conceito puramente teórico, blog compõe a chamada mídia social responsável pela disseminação de conteúdos na rede considerada de mão dupla, onde o leitor participa do processo comunicacioanal de forma ativa. Deixa de ser mero receptor passivo de informação. Outra característica das redes sociais é o uso de linguagem dotada de informalidade e criatividade, mesmo assim há muitos blogs com excelente conteúdo de informação afinal tem muita vida inteligente na rede.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

A cultura digital. Fruto da revolução tecnológica


Em sua forma mais simplista a cultura já remete à idéia do modo com nós, indivíduos, vivemos em comunidade e coletivamente.
Podemos dizer que a cultura em sua forma material é o modo como nos relacionamos, do que nos alimentamos, o que vestimos, da forma que recebemos nossa educação, as músicas que gostamos de ouvir, as nossas crenças, as escolhas que fazemos para agregar aos nossos costumes que vão fazer parte daquele nosso universo delimitado.
No entanto na cultura digital o indivíduo transita livremente numa comunidade virtual sem fronteira e o coletivo é universal. A cultura se desenvolve de modo digital e permite, de forma veloz, fácil e barato, a troca simultânea de informações. Então podemos duvidar. Como um simples ato de trocar informações por rede pode ser chamada de cultura? Se pararmos para analisar que a troca de informação e conteúdo seja ele a música, o texto, o poema, o clipe, o jogo, a receita de bolo, que modelito usar na balada é fruto de nossas escolhas, então é cultura. É digital porque não é um material que pegamos na mão, não é configurado geograficamente é composta pela junção de computadores, telecomunicações, programas e bando de dados, o indivíduo é bits com a projeção da realidade que só existe virtualmente. Todas as trocas acontecem no universo virtual e a partir dessa possibilidade vamos ampliando nossa cultura. Entramos em museus, reproduzidos pela rede, da França, Alemanha e Cairo, conhecemos suas obras como se estivéssemos caminhando naqueles corredores. Uma cultura sem fronteiras, sem limites e universal. A cultura digital se caracteriza pela transformação através da reprodução da cultura material. A cultura da contemporaneidade baseado na reprodução para trocar.
A cultura do universal sem limites e fronteiras é sinônimo das potencialidades permitidas no conceito da cultura digital. É também uma revolução de hábitos e costumes devido a um novo conjunto de premissas técnicas, que possibilitam colocar usuários em contato diretamente uns com os outros, cujas novas tecnologias da informação estão ligando o mundo através de uma teia mediada por redes que se comunicam, trocam informações e conteúdos. Derrubam barreiras, até então, impostas pela distância ou por protocolos de propriedades.
A cultura no ambiente digital é movida por modificação, alteração, onde o sujeito, a seu critério, pode adicionar e retirar conteúdos. Não é estática é uma via de mão dupla, dispara e recebe informações, dispara e recebe conteúdo, interage no ambiente virtual, criando laços e cumplicidades universais.
A cibercultura ou cultura digital é um terno que nasceu com a revolução digital ou revolução tecnológica ocorrida nos últimos vinte anos gerada, em grande medida, com surgimento de um novo paradigma representado pela difusão da internet que permitiu o avanço das novas tecnologias da informação. A priori a idéia da estrutura cliente-servidor-cliente, baseia-se no princípio de que diversos computadores, chamadas de clientes, conectam-se a uma determinada máquina, chamada de servidor que tem a finalidade de receber informações e enviar dados, enfim, possibilitar que toda a informação armazenada ali, naquele servidor, seja distribuída.
A cibercultura, embora seja um conceito contemporâneo e em transformação e que já faz parte do nosso dia-a-dia e do nosso universo, mesmo que de forma invisível, nos remete para uma ruptura com antigos paradigmas e ao tentar fazê-lo nos coloca em estado de inquietação, estado que advém das incertezas e dúvidas do romper com o conhecido e o tradicional. Será que é confiável? O conteúdo é seguro? As informações são verdadeiras? Você ou seus pais certamente tem insegurança ao pensar em fazer qualquer tipo de operação financeira pela internet, pagar contas, transferir valores, etc. Não? É melhor fazer isso no caixa do banco, enfrentar filas e a demora do atendimento? A insegurança, muita vezes, nos leva a não romper com antigos paradigmas e ficar com o modelo tradicional. Pare para pensar e perceba que tirar dinheiro no caixa eletrônico, pagar as compras com cartão de crédito ou débito automático só é possível graças a rede.
Se formos fazer uma retrospectiva histórica, outros processos de mudança cultural também sofreram com a dúvida e o desprezo ao emergir ou quando foram popularizados. Foi assim como a televisão, o cinema em detrimento do teatro e os computadores em detrimento do homem pela robótica. Hoje testemunhamos que nada disso aconteceu e o salto em qualidade que representa esses bens simbólicos na nossa existência.
Vale lembrar que a cibercultura é a abertura para um novo espaço para a comunicação e cabe a nós usuários explorarmos todas as suas potencialidades. No Brasil as previsões sobre as potencialidades das comunidades virtuais as trocas de informações e a adesão as redes sociais não foram atingidas ainda em sua plenitude, até porque o povo brasileiro tradicionalmente é desconfiado, mas tem chamado a atenção pela força que representa o uso da internet que ultrapassou todas as expectativas, tanto isso é fato que grandes provedores de conteúdo e de troca de informações não foram criados em solo brasileiro mas, com vistas a atingir e satisfazer um número cada vez maior de usuários, traduzidos para a língua portuguesa.
A informação e o conhecimento quando trocados crescem na mesma extensão com que são compartilhados, pois multiplicam-se, com base na idéia de que o conhecimento não apaga e não se perde no caminho. Ele transforma.

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