O que é um blog? a blogosfera é o futuro da comunicação?

Definição:
Explicando para aqueles que acreditam que para um bom entendedor meia palavra basta. Blog é uma forma de expressão com liberdade, sem restrição e censuras. Sem ninguém para corrigir ou editar seu texto. É um diário aberto onde suas idéias e anotações, lembretes e fotos tornam-se públicas e permite que outros comentem pois é um livro virtual e aberto. Hoje o blog é uma febre, um vírus que vicia e contamina ou um incubador de vírus. Embora ainda caminhando à passos lentos, é uma ferramenta utilizada por profissionais de comunicação como meio de informação institucional e para divulgar produtos e ou serviços devido ao fato de permitir uma maior interação com o consumidor. Num conceito puramente teórico, blog compõe a chamada mídia social responsável pela disseminação de conteúdos na rede considerada de mão dupla, onde o leitor participa do processo comunicacioanal de forma ativa. Deixa de ser mero receptor passivo de informação. Outra característica das redes sociais é o uso de linguagem dotada de informalidade e criatividade, mesmo assim há muitos blogs com excelente conteúdo de informação afinal tem muita vida inteligente na rede.

sábado, 18 de abril de 2009

Operação Valkiria

O texto abaixo trata-se da reprodução, traduzida para o português brasileiro, do comentário do filme efetuado no site onde o filme está a disposição. Logo abaixo disponibilizo a do filme Vale a pena conferir.

De Bryan Singer
Com Tom Cruise, Kenneth Branagh, Bill Nighy, Tom Wilkenson
Todos os anos surgem nas salas de cinema mundiais, obras cinematográficas baseadas ou inspiradas em histórias verídicas da Segunda Guerra Mundial. O ano de 2008 não foi exceção e também nos apresentou diversos filmes que resgataram a temática da guerra mais sangrenta e violenta do século passado. Entre esses títulos encontra-se “Valkyrie”, uma co-produção Alemã e Americana que nos leva até aos bastidores do Terceiro Reich para nos desvendar os segredos da Operação Valquíria, uma tentativa frustrante de Golpe de Estado levada a cabo por forças da Resistência Alemã com o apoio de algumas altas patentes do Terceiro Reich.
A principal figura desta fracassada operação/conspiração foi o Coronel-Conde Claus Schenk Graf von Stauffenberg (Tom Cruise), um orgulhoso nacionalista alemão que sempre foi fiel ao seu país mas que após ver Hitler precipitar a Alemanha e a Europa no caos, começa a acreditar que é preciso passar à ação e travar o líder da Nacional-Socialista Alemã.
Em 1942, Stauffenberg junta-se em segredo à Resistência Alemã Anti-Hitler, para começar a desenvolver os primeiros planos contra a vida do Fuhrer contudo uma série de infelizes acontecimentos impede a execução concreta e eficaz do ataque, no entanto, um ano mais tarde e após Stauffenberg regressar do Norte de África, onde sofreu várias lesões físicas, começam a delinear-se os preparativos concretos da Operação Valquíria. Após um ano de intensivo planejamento, Stauffenberg avança finamente com a Operação Valquíria na manhã de 20 de Julho de 1944, mas uma série de coincidências infelizes protege Hitler do atentado e automaticamente condena os seus autores à morte.A história real da Operação Valquíria é muito mais complexa do que aquela que é apresentada em “Valkyrie”, uma obra que apenas apresenta os traços gerais da conspiração e sempre através da perspectiva de Stauffenberg, no entanto temos que aceitar essa versão dos fatos porque não estamos perante um documentário mas sim perante um thriller que tem como objetivo principal apresentar uma história recheada de suspense e tensão que capte a atenção do espectador. O maior problema de “Valkyrie” reside precisamente nesse ponto, apesar de só apresentar as partes fatídicas da operação, o filme não consegue incutir um ambiente tenso em redor dos avanços e recuos da conspiração. Durante duas horas o filme limita-se a recontar uma história amplamente conhecida do público, sem lhe conferir uma réstia significativa de emoção que a torne apelativa do ponto de vista sócio-psicológico. Na minha opinião, esta ausência latente de emoção e ação prejudica todo o conceito narrativo do filme que desta forma, limita-se ao relato de fatos de forma seca e impessoal, algo que desde logo cria demasiadas semelhanças com um documentário histórico que apenas visa o apuramento concreto dos fatos. Seria de esperar que um filme deste gênero concedesse uma maior prioridade ao lado humano da história mas tal não aconteceu.
A falta de subjetivismo das personagens e da própria história afetou irremediavelmente os vários diálogos políticos e românticos presentes no filme, estes são demasiado mecânicos e superficiais, o que obviamente impede a exteriorização de uma mensagem sentida e reveladora do caráter e personalidade das diversas personagens que integram a história do filme.É óbvio que a fama desta história e o prévio conhecimento do seu final pode tornar o filme menos interessante mas também é verdade que no passado várias obras sobre temáticas igualmente famosas (Elizabeth, Downfall, Marie Antoinette) conseguiram oferecer ao público um drama pessoal/coletivo apelativo e digno. Essas obras apostaram no lado humano sem descurar o lado histórico, conseguindo assim, harmonizar os dois aspectos fundamentais num enredo completo e capaz de agradar ao público que não procura uma lição de história. Apesar de raros, consegui encontrar alguns momentos iminentemente pessoais nessa obra, o mais visível encontra-se no inicio do filme onde Stauffenberg vive um breve dilema entre o dever de servir o seu governante e o dever de tentar criar uma Alemanha melhor. Mesmo com a presença destes pequenos “achados”, continuo a acreditar que faltou a esse “Valkyrie” uma construção narrativa mais criativa e emocional.À parte da imperfeição narrativa, encontramos em “Valkyrie” alguns atrativos que incluem o elenco e todos os aspectos ligados ao visual e ambiente do filme. O elenco é liderado por Tom Cruise que conseguiu sobrepor-se às polêmicas da sua vida privada, para arrancar uma prestação bastante plausível e interessante que nos recorda o Tom Cruise de outros tempos. Para além de Cruise, “Valkyrie” também contou com os serviços de um competente e talentoso elenco secundário que apoiou na perfeição o protagonista. O outro grande atrativo do filme está nos seus cenários e adereços, maravilhosamente recriados e inseridos no espírito da época. Esta preocupação ao nível visual e histórico dos adereços e localizações, permitiu um encaixe perfeito no ambiente da Segunda Guerra Mundial.Feitas as contas, “Valkyrie” custou aos estúdios MGM cerca de 90 milhões de dólares. Um valor/ investimento demasiado alto para um filme que apenas roça o aceitável. O principal responsável por esta quebra nas expectativas é sem dúvida o argumento que não foi devidamente desenvolvido ao nível humano e psicológico.

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